O Ciclo de Artes Participativas é um momento de revelação das propostas artísticas Dentes de Leão constituído pela apresentação pública, em Évora e no Sardoal, dos resultados artísticos dos projetos apoiados.
A programação do ciclo de artes participativas dá visibilidade ao trabalho desenvolvido nas Residências Artísticas e valoriza lugares, materiais e narrativas com importância simbólica para a comunidade de jovens e artistas Dentes de Leão e para os territórios de Évora e Sardoal.
Este é também um momento de assimilação e discussão dos resultados do processo de participação, de encontro entre os intervenientes do projeto e de abertura à comunidade, promovendo a celebração dos contributos de todos os territórios envolvidos, valorizando e tornando visíveis as suas múltiplas dimensões e o intercâmbio de saberes e recursos específicos de cada um.
O Ciclo de Artes Participativas tem lugar em Évora, em formato de ateliê aberto, nos dias 22 e 23 de outubro, e no Sardoal, nos dias 29 e 30 do mesmo mês.
Évora ✱ Pó de Vir a Ser ✱ 22 — 23 out
Oficina de Mercadorias DIY + ✱ 9h30 — 18h
Oficina aberta de produção de merchandising ✱ 15h — 18h
Sardoal ✱ Centro Cultural Gil Vicente ✱ 30 out
Apresentação do site, programa do festival e concerto ✱ 16h
Dentes de Leitão é uma plataforma de Artes Individuais que seleciona e promove artistas individualistas com valores transcendentalistas — consagrados ou em início de carreira — e que se centra no pensamento e discussão sobre o papel da Arte na Sociedade de Rebanho. Inicialmente criado para Artistas da Bairrada, este projeto, que agora se efetiva na forma de um Festival de Variedades, abre-se além-fronteiras e convoca artistas nacionais e internacionais dedicados aos temas contemporâneos e em voga no seio das Artes Individuais. A partir de encontros formais entre a comunidade, concílios e conferências e os maiores teóricos da Arte e da Cultura, os artistas trabalharão individualmente a reapresentação e a readaptação de objetos artísticos com o intuito de os tornar lucrativos e abrangentes. A ruralidade é o mote criativo para a simplificação do pensamento crítico em exercícios estéticos que dialogam com o dilema: “Deve a Arte Contemporânea sair das cidades grandes?”
— Criação coletiva Coletivo de Pessoas e Animais. Agradecimentos A todas as pessoas que não são artistas
© Nuno Direitinho
Évora ✱ Jardim de Diana ✱ 22 — 23 out
Conversa sobre o projeto ✱ Biblioteca Pública de Évora ✱ 22 out ✱ 11h30
Sardoal ✱ Centro Cultural Gil Vicente ✱ 29 — 30 out
Conversa sobre o projeto ✱ 29 out ✱ 12h
Costumas parar e ouvir o que te rodeia? O que ouves? Que tipo de sensações te provoca? E que tipo de memórias despertam esses sons? em espera começou como uma recolha de sons e concretiza-se sob a forma de uma cabine telefónica imersiva, onde se produzem paisagens sonoras a partir dos sons disponíveis para descoberta. É um exercício de escuta profunda e procura dar relevância aos sítios onde o projeto se desenvolve — Sardoal, Évora e Lisboa — através do estímulo sonoro, tornando o invisível visível. em espera materializa um lugar onde o exercício de aguardar se revela — à espera de uma chamada, de alguém, daquela mensagem que não vem, de uma luz verde para avançar… É também um lugar que provoca, incitando à espera, à necessária disponibilidade para a incerteza, assim como revela o que nos rodeia e a desatenção com que lidamos com o quotidiano e as pessoas que o preenchem.
— Conceito Filipa Jaques. Cocriação Ana Cruz, Beatriz Cóias, Beatriz Oliveira, Beatriz Rodrigues, Clara Ferreira, Débora Fernanda, Fábio Pé-Leve, Filipa Jaques, João Lobato, Lara Gomes, Lia Marins, Murilo Oliveira, Phoenix, Sofia Barreto. Em colaboração com Artéria Lab, MILL – Makers In Little Lisbon, Sometambi. Agradecimentos Arthur Fonte, Beatriz Branco, Beatriz Pereira, Carlota Jardim, Eduardo Freitas, Hugo Lopes, Leonel Alegre, Luís Graça, Maria Abrantes, Marius Araújo, Maurício Martins, Micaela Morgado, Pedro Fazenda, Raquel Ribeiro dos Santos, Rodrigo Pereira, Sindri Leifsson
© Nuno Direitinho
Évora ✱ Nas imediações do Templo Romano ✱ 22 — 23 out
Momento de boas-vindas ✱ Biblioteca Pública de Évora✱ 22 out ✱ 16h
Sardoal ✱ Centro Cultural Gil Vicente ✱ 29 — 30 out
Momento de boas-vindas ✱ 30 out ✱ 15h
A obra Oferta materializa-se na forma de locais de dádiva. Trata-se de esculturas interativas colocadas em espaços públicos em Évora e no Sardoal, feitas de mármore e de um tronco de sobreiro. As esculturas têm uma função dupla. Quem quer que passe pelas obras é livre de deixar ficar alguma coisa nas superfícies de mármore. Há igualmente a possibilidade de levar o que ali foi deixado, se se sentir uma ligação ao dito objeto ou se se tiver necessidade dele para questões práticas. Ao interagir com as esculturas, transeuntes e público estarão envolvidos na alteração constante de estética, simbolismo e funcionalidade. Uns podem fazer uma dádiva ao passo que outros podem optar por colher os benefícios.
— Conceito e criação Sindri Leifsson. Em colaboração com Jovens de Sardoal, Évora, Lisboa. Contribuição especial de Beatriz Rodrigues. Agradecimentos Pedro Fazenda
© Nuno Direitinho
Sardoal ✱ Parque de Merendas do Sardoal ✱ 29 out ✱ 11h
Sardoal ✱ Centro Cultural Gil Vicente ✱ 30 out ✱ 11h
Pareidolia foi concebido a partir de um exercício coletivo de escrita criativa pelos jovens dos territórios do Sardoal, Lisboa e Évora, com o intuito de captar os múltiplos reflexos que um lugar tem na construção individual de cada pessoa. Materializa-se num baralho de cartas ilustradas em tecido e numa performance. Propõe um jogo de leitura criativa de imagens através da palavra e do movimento, recorrendo à partilha da intuição, referências, experiências e conhecimentos individuais das pessoas que leem e interpretam.
— Conceito Beatriz Pereira, Carlota Jardim e Maria Abrantes. Ilustração e impressão Beatriz Pereira, Carlota Jardim e Maria Abrantes. Enunciados poéticos Jovens do Sardoal, Évora e Lisboa. Agradecimentos Ana Catarina, Cláudia Domingos, Elisabete Paiva, Fábio Santos, Hugo Lopes, Maria do Carmo e família Simples, Maria Milheiriço, Mariana Mata Passos, Miky, Pedro Fazenda, Raquel Ribeiro dos Santos, Sandra Marina Magano, Sofia, Vânia Rovisco, Zico
© Nuno Direitinho
Sardoal ✱ Jardim da Tapada da Torre ✱ 29 out ✱ 15h
Linha de Terra é um convite à imagiação e germinação de possibilidades de nos religarmos à natureza. A terra é o ventre que, quando semeado, molda, compõe e decompõe a matéria, gerando vida. Como nos envolvemos com o nosso meio natural? Como vamos insculpir nele as nossas mãos? Podemos contemplar a criação de um espaço fértil partilhado? A mão é o portal do corpo que observa, escuta, sente, toca, comunica. Com esta ferramenta natural, fazemos a mediação entre o interior e o exterior, o corpo e o barro. A mão, como ponte de intersecção entre realidades sensíveis, revela o poder do imaginável, do processo, da experiência. As nossas mãos imprimem no barro os traços temporais da sua existência, tal como as mãos são moldadas ao moldar. O barro capta essa passagem e imortaliza-a num gesto único e potenciador.
— Criação em colaboração Carlota Jardim, Eduardo Freitas, Micaela Morgado, Sara Anjo. Agradecimentos Ana Catarina Ribeiro, Associação ArteLinho, Graciosa Rodrigues, Maria Milheiriço, Noelia Rafael, Nuno Lecoq, Sandra Marina Magano, Sofia Bento, Xavier Gaspar
© Nuno Direitinho
Sardoal ✱ Centro Cultural Gil Vicente ✱ 29 out ✱ 10h30 — 18h
No módulo III de Campo Aberto, os participantes do curso acompanham coletivamente o Ciclo de Artes Participativas e partilham uma reflexão crítica sobre essa experiência. Campo Aberto é um curso destinado a agentes culturais com interesse nas artes participativas que parte do ideário, inquietações e aprendizagens feitas ao longo do processo de coconstrução do projeto Dentes de Leão e procura, em quatro momentos de encontro, gerar uma experiência de continuidade em diálogo com diferentes momentos do projeto.
© DENTES DE LEÃO